“O estilo Greco-romana no Wrestling do Brasil”

O estilo Greco-romana, é sem dúvidas o estilo mais antigo dentro das competições do Wrestling Olímpico, e começou sua participação desde a primeira edição dos Jogos Olímpicos modernos, em Atenas, Grécia, 1896.

No Brasil ainda não contamos com uma grande e aceitação pela maioria dos praticantes, e além de outros fatores como a prática do Wrestling como esporte auxiliar ou complemento no treinamento de outras modalidades de combate como o MMA com grande aceitação dentro e fora do Brasil.

No MMA, erroneamente na maioria dos casos se pratica apenas o estilo Livre, elemento que certamente pode chegar a ser contrastante, pois se fizéramos uma analises profunda sobre este esporte, (MMA), veríamos que tem muitas posições e elementos técnico-taticos estratégicos do estilo greco-romana, sem deixar de prestar atenção claro no estilo livre, pois dependeria basicamente das caraterísticas e condições dos adversários, o que sem dúvidas implicaria a pratica de ambos os estilos.

Mesmo assim podemos dizer que no longo destes anos temos resultados satisfatórios e relevantes a nível Sul-americano e Panamericano, com os poucos atletas que tem aceitado a pratica deste estilo, obtendo medalhas nas categorias cadetes, júnior e sênior, categoria nesta última categoria além da obtenção de medalhas, ficamos várias vezes entre os três primeiros colocados por países na classificação geral em várias edições dos campeonatos Panamericanos. No entanto devemos sinalizar que não existe uma estrutura de base de uma pratica diferenciada dos diferentes estilos no Brasil o que dificulta gradualmente o desenvolvimento, sobre tudo no estilo greco-romana, que nos deixa em desvantagens em relação aos outros países da área do continente americano e do mundo, nos quais a lógica do desenvolvimento indica a pratica diferenciada desde as categorias de base, ou especialização precoce para a obtenção de melhores resultados a longo e mediano prazo nos processos de ensino -aprendizagem . Na área do continente Panamericano os países com maior desenvolvimento e resultados neste estilo são: Cuba, Estados Unidos, Venezuela, e a Colômbia, com alguns destaques individuais para outros países como Equador e Mexico, entre outros, nos diferentes eventos e categorias competitivas.
Na atualidade no Brasil contamos com um pequeno grupo de atletas que se dedicam à pratica sistematica deste estilo, em alguns estados, mas não contamos com uma estrutura bem consolidada, ou organizada para enfrentar os grandes desafios internacionais futuros.

Introduzida nos Jogos Escolares da Juventude em 2019, a modo de exibição praticamente, constituiu um passo de avanço, mas realmente não significou um adiantamento nas exigências para o futuro desenvolvimento deste estilo no Esporte de Alto Rendimento pois como comentado anteriormente, se deve realizar um processo mais direcionado e diferenciado desde os inícios na pratica do Wrestling, e assim aperfeiçoar os programas de ensino aprendizagem das categorias de base, mas para isso primeiro devemos trazer para consideração algumas diretrizes que vão nos permitir chegar até o um nível de organização e controle técnico- tático da modalidade em questão dentro das quais poderíamos fazer menção a algumas como:

a) - Capacitação e qualificação de treinadores e técnicos para a especialização no trabalho do estilo greco-romana, (coisa que não temos ainda no Brasil).

b) -Implantação de um programa nacional de ensino-aprendizagem do estilo greco-romana.

c) - Promover, convocar e atrair os atletas para a pratica deste estilo desde as categorias de base e iniciação.

d) - Inclusão do estilo greco-romana nos Jogos da Juventude e outros eventos nas categorias de base como um estilo individual. (Não permitir a participação de atletas do estilo livre nas competições de greco-romana ou vice-versa).

e) - Não permitir as inscrições de um mesmo atleta nos dois estilos para participar em competições nacionais em qualquer uma das categorias ou faixas etárias competitivas.

Sabemos que resulta as vezes difícil e complicado, e quem teremos grandes contratempos em relação com algumas destas diretrizes, até pelas mesmas dificuldades para realizar os diferentes programas necessários para cumprimentar com os objetivos do trabalho neste sentido, além de outras questões como a grande extensão territorial do Brasil, e os interesses individuais dos diferentes Estados e dos atletas, mas podemos afirmar que realmente se conseguíssemos algum dia chegar perto dessa realidade então daríamos um avanço real no desenvolvimento e futuros resultados internacionais deste estilo no Brasil.

MSc.Angel Torres Aldama